Hoje eu quero dar uma dica para o fim de semana: o filme “Amantes eternos” (Only lovers left alive), de Jim Jamusch. O longa é de 2013, mas eu ainda não consegui ver nenhum filme melhor sobre vampiros.
Com todo o buzz em torno do lançamento de Midnight Sun, da Stephenie Meyer, em agosto, (sim, meus queridos twilighters, Edward vai contar a sua versão da história), resolvi fazer esta indicação de um dos filmes que eu mais curto.
Não é segredo para ninguém que eu sou apaixonada pelo Tom Hiddleston (tem como não ser?), mas Adam é o melhor vampiro de todos (sorry, Edward!).
Vamos à história do filme: Adam (Tom Hiddleston) é um músico solitário que está cada vez mais deprimido com a falta de profundidade da humanidade nos dias atuais e vive na sombria Detroit, nos EUA. Eve (Tilda Swinton) vive em Tânger, no Marrocos. Eles são casados há séculos, mas vivem “uma relação a distância”. Abalada por uma ligação em que o amado está pra lá de deprê, ela decide voltar à América.
A composição visual do filme é um show à parte: Adam é solitário e introspectivo, só usa roupas pretas, vive na Detroit dos dias atuais que é praticamente uma cidade fantasma após o esvaziamento da indústria automobilística, que sustentava a região. Eve é leve, usa roupas claras e vive na colorida Marrocos.
E, mais um minuto da sua atenção: sacou os nomes dos vampiros? Adão e Eva. Como os amantes originais. Adam conviveu com figuras geniais da história da humanidade: Isaac Newton, Keats, Byron… todos se foram. Só ele e Eve restaram. Acho cada toque deste filme genial.
A película ainda conta com a preciosa participação de Mia Wasikowska, que interpreta Ava, a problemática irmã de Eve.
A forma poética com que Jamusch trabalha a noite neste filme também vale destaque. Vampiros são criaturas noturnas (dã), mas aqui a noite tem algo mais: ela é sensual, misteriosa, um convite ao romance.
No fim, “Amantes Eternos” é mais do que um filme sobre vampiros. É um filme sobre o fascínio que temos pela imortalidade, é uma história sobre laços profundos, é uma narrativa sobre o amor. Mas não espere vampiros adolescentes, criaturas que brilham ou um romance de fácil digestão. É um filme para ser degustado sem pressa, como se você pudesse viver por séculos e séculos…